O engenheiro espacial olhou para a natureza, a grande obra de Deus e viu um tucano riscando o céu com suas asas coloridas. Nesse instante, sua mente viajou. Aquela ave, livre e elegante, tornou-se a semente de uma ideia, um símbolo de possibilidades. Nascia ali, no encontro entre a observação e a imaginação, o sonho de um novo transporte aéreo: o avião Tucano, da Embraer, fruto da inteligência e da criatividade brasileira.
Muitos dizem que não há oportunidades no Brasil, mas basta olhar com atenção para ver que elas existem e estão por toda parte. Escolas Técnicas Federais, Universidades Públicas, o Sebrae, o Senai, o Senac, as Forças Armadas e tantas outras instituições abrem portas todos os dias. A diferença está em quem escolhe atravessá-las.
O país que fabrica aviões é o mesmo que, infelizmente, também vê jovens sendo cooptados pelo tráfico. E a diferença entre voar e ser usado como “avião” está, muitas vezes, na visão, no quanto acreditamos em nós mesmos e buscamos caminhos legítimos para crescer.
Em tese, é melhor viajar em um avião do que ser um.
É melhor ser quem sonha e constrói do que quem se perde nos atalhos da ilusão. O Brasil precisa de mais engenheiros, inventores, técnicos e sonhadores que olhem para o tucano e enxerguem não apenas uma ave, mas uma ideia, uma inspiração, um futuro possível.
Porque, quando o olhar muda, o destino também muda. E o mesmo céu que o tucano cruza todos os dias está aberto a quem decide aprender a voar.

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