Nos primeiros dias de gestão, o chefe do Executivo decretou estado de calamidade financeira na Secretaria de Saúde, afirmando haver dívidas que comprometem a nova gestão.

Convocou extraordinariamente o Legislativo, e o decreto foi aprovado.

Alguns questionamentos foram feitos pelos nobres Edis na tribuna, mas, como determina o regime interno da Casa, nenhum requerimento foi proposto para que o chefe do Executivo apresentasse dados oficiais desse rombo, seja através de uma auditoria contratada ou outro mecanismo legal.

O TCE, por sua vez, até o momento não se manifestou a respeito, diferentemente do que fez o estado de Santa Catarina, que oficiou aos municípios que decretaram estado de calamidade financeira para que apresentem dados que o comprovem.

Com o término do recesso legislativo, o Alcaide enviou ao Legislativo mensagem de boas-vindas, lida por seu líder, na qual, além dos valores da Secretaria de Saúde, foram apuradas dívidas que somam quase duas vezes e meia a mais que as da saúde.

Até o momento, nenhum vereador usou de ferramentas democráticas para arguir a veracidade dos fatos e. consequentemente, informar à municipalidade o que aconteceu na administração anterior, através de documentos legais.

Ou seriam apenas narrativas para enganar aqueles que realmente pagam a conta?

A população não merece ficar neste mundo de narrativas que se arrasta desde 2008, com os crescentes rombos, esses sim apurados pelo TCE, inclusive com gestores tendo seus direitos políticos suspensos.

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