O ditado popular do cão que caiu do caminhão de mudanças, é real. Na pressa, a família vai colocando os móveis, utensílios, roupas e o que mais tiver, ficando o cachorro por último, imprensado entre a geladeira e o sofá.
No primeiro solavanco, ele cai, e como está longe da casa antiga e não conhece a nova, não sabe pra onde vai, fica perdido o coitado. Este ditado nasceu antes dos caminhões- baús, hoje usados com sucesso nos transportes de uma mudança organizada e mais confiável, diferente do tempo das carrocerias de madeira, por isto não só o cãozinho poderia cair, mas muitos objetos que nem sempre eram amarrados, mas acomodados de qualquer maneira.
O ditado é antigo, mas é atual, pois na política de uma cidade cortada por um rio importante, sempre quente e cercada de montanhas, coisa parecida acaba de acontecer.
Algo caiu do caminhãozinho de mudanças, e agora não sabe para onde vai nem como fica. Em tempo de Olimpíadas, seria um esporte novo? Um salto para o abismo?Corrida maluca? Ou um filme de drama e comédia ao mesmo tempo chamado Abandonado Pelo Mestre dos ilusionistas.
Daria pena se o personagem de todo estes enredos não fosse maduro e experiente, responsável por seus atos, dono de racionalidade e não um pet que caiu do caminhãozinho de mudança! Não poderá culpar a ninguém, assumiu todos os riscos achando que seria fácil, que arrastaria multidões, o novo “ messias” da pedra e do interior.
Em poucos meses saberemos se o movimento dele foi vital, se valeu a pena, se o ego estava certo, se a teimosia era o caminho.
Por enquanto a sensação de muita, mas muita gente, é de que a carroceria do caminhão era baixa demais, o solavanco foi grande e a queda inevitável.

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