Com a Coluna NinoBellieny
Seja no mundo corporativo, clubístico, mas principalmente no político, onde a coragem da cara à mostra não costuma funcionar em 100%, quando alguém está para ser defenestrado, mandado embora, exonerado, inicia-se o nem sempre rápido, e por isto cruel, processo de fritura. Pouco óleo no começo, frigideira com Teflon, fogo baixo, o peixe que se acha importante, ainda vivo recebe temperos especiais, como mudança de cargo ou convites sedutores para novas funções, convocação para reuniões, projetos e reviravoltas no outro dia, como se nada tivesse acontecido. Nem sempre a vítima percebe, ou se, finge estar tudo bem. Aos poucos vai sendo deixado de lado, não mais convidado para eventos, reuniões e festas, ligações deixam de serem atendidas, o prestígio murcha, não é mais o grande tubarão, apenas uma piabinha estalando no fogão. A fritura logo chega ao fim, mas ninguém vai usufruir da culinária, uma vez fritado, é jogado fora, estando o prazer no fritar, no adeus não-dito. Até que o peixinho renasça do lixo e em algum lugar inesperado, mostre seu valor. A história política é cheia de recuperações impossíveis, e tem vários exemplos de peixolas detonados e seus trocos triunfais. Quem gosta de fritar, não se esqueça, fritado pode ser.

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