Ele chama os amigos, e os “ amigos” também, prepara a churrasqueira, solta a fumaça, assa a carne, bebe umas geladas, bota as asinhas de fora, prepara o arroz, bebe mais uma gelada, todos bebem, todos conversam, a cervejinha desce redonda e o álcool sobe, resolve cantar, canta forte, canta alto”caneta azul, azul caneta”.Continua após publicidade.



Cerveja vai, cerveja vem, ti-ti-ti, a vaidade acende nas brasas do carvão, e ele se empolga, se empola, se lança ao espaço e aclamado pelos amigos e “ amigos” em volta, embalados pelo som de “caneta azul, azul caneta” e a festa do homem do churrasco cresce, ganha volume, faz fumaça, mas eles não percebem que é só fumaça branca, as ilusões de estar no espaço, emocionam os convidados e ele já se sente o cara, o que faz e acontece, sem ter ainda gravado uma única música, como tem tempo para fazer nada, cochichar muito e imaginar mais ainda.
Em volta a turma aplaude, incentiva, viva o cara que banca o churrasco, que banca a cerveja e vai ocupar o espaço e aí sim irá cantar para o grande público “caneta azul, azul caneta”.
O cometa em órbita conhece sua calda e sabe quem quer pegar carona, pela via láctea, em uma estrada tão bonita. Brincar de esconde/esconde em uma nebulosa, é correr o risco de não voltar para casa em um lindo balão azul.

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