O governador Cláudio Castro pretende anunciar seu novo secretariado no dia 30 de novembro. Os novos titulares vão ter o mês de dezembro para realizarem a transição com os atuais secretários e assumem, em caráter definitivo, no dia primeiro de janeiro, juntamente com o governador.
Não esperem concessões demasiadas na composição da equipe. Os partidos da base aliada serão ouvidos e devem ter peso em algumas indicações. Mas não haverá espaço para distribuição de cargos de modo amplo, no atacado, como aconteceu na formatação do primeiro governo, logo após o impeachment de Wilson Witzel.
Ungido por votação consagradora nas urnas, em primeiro turno, Claudio Castro adquiriu legitimidade e peso político para fazer suas escolhas com absoluta independência. E deseja imprimir ao novo secretariado um perfil em que prevaleçam nomes comprovadamente eficientes, que viabilizem resultados práticos a médio e curto prazos.
Das 32 secretarias atuais, pelo menos 5 devem ser suprimidas ou incorporadas a outras pastas. Estão nesse limbo Envelhecimento Saudável, Defesa do Consumidor, Assistência à Vítima, Representação em Brasília e Ações Comunitárias e Juventude. O martelo ainda não foi batido mas a ideia é enxugar o número de pastas para algo próximo de 26.
Certezas absolutas não são muitas mas absolutamente previsíveis. O núcleo duro do Palácio Guanabara não será alterado. Rodrigo Abel, Nicola Miccione e Rodrigo Bacellar continuam nas secretarias de Gabinete, Casa Civil e Governo respectivamente.
Outra decisão já consolidada é volta do vice-governador Thiago Pampolha para a pasta do Ambiente. Na verdade, ele terá dois gabinetes, um mais político, no anexo do Guanabara, onde despachará como vice. E outro, eminentemente técnico, na Secretaria do Ambiente. A única possibilidade de mudança no triunvirato palaciano seria na hipótese de Rodrigo Bacellar se sagrar vitorioso na disputa da presidência da Alerj.
Outros secretários também estão confirmados, entre eles os quatro da área de segurança pública. A menos que surjam fatos novos, estão mantidos os coronéis Luiz Henrique na Polícia Militar e Leandro Monteiro, na Defesa Civil e Comando-Geral dos Bombeiros; o delegado Antônio Albuquerque, na Polícia Civil e Maria Rosa Nebel, na Administração Penitenciária.
Outro nome “imexível” é o secretário de Cidades, engenheiro Uruan Andrade. Estão ainda na relação dos secretários cotados a permanecer: Nelson Barbosa na Secretaria de Planejamento, Leonardo Lobo na Fazenda e Danielle Barros, na Cultura. São técnicos preparados que já provaram capacidade de gestão. Na saúde, Alexandre Chieppe só será substituído se desejar, como se especula no meio político. O jornalista Igor Marques permanece na Comunicação.
É provável também que algumas pastas sofram mudanças em suas estruturas internas com o deslocamento de atribuições para outras secretarias. Por exemplo: obras em encostas, hoje em Infraestrutura e Obras, deve passar à pasta de Ambiente.
Estudam-se ainda fusões e incorporações de secretarias. Uma das possibilidades em análise é a fusão de Obras com Cidades. As secretarias de Envelhecimento Saudável, Assistência à Vítima, e Ações Comunitárias devem ser incorporadas à pasta de Desenvolvimento Social. Analisa-se ainda a possibilidade de criação de uma agência de desenvolvimento social, nos moldes da que que existe em São Paulo, o que garantiria mais agilidade na prestação de serviços na ponta.
As demais secretarias – Desenvolvimento Econômico; Desenvolvimento Social, Obras, Esportes, Educação, Ciência e Tecnologia, Agricultura, Transportes e Trabalho – devem ter seus titulares substituídos. Os nomes devem ser escolhidos após o segundo turno das eleições presidenciais, a partir da próxima segunda-feira, 31 de outubro.

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Por Ricardo Bruno/Agenda do Poder
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